Arquivo | março, 2010

É isso!

14 mar

Eu estava planejando um próximo post falando sobre o que tenho pensado nesses últimos meses na cidade grande. Mas depois de ler isso, não tenho mais o que dizer. Me enxergo nesse texto. E copio mesmo! Mas deixo os créditos: o texto a seguir veio do blog de Milena Gouvêia, mas se não fosse a Bya me enviar por e-mail, talvez eu nunca fosse conhecer…

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A incrível mulher que encolheu

Ah, essa ideia maluca que é se arriscar.

Jogar tudo pro alto, bancar a aventureira, esquecer propositalmente que causa e consequência andam juntas.

Pois pra quem sabe cismar, não há amanhã. Não existem bloqueios ou dificuldades. Tudo o que se tem é só aquela vontade enorme, grande o suficiente pra abrir o caminho que for necessário para realizar o seu desejo inconsequente.
Acotovelando previsões ou qualquer tipo de cautela, você o abre. E é por ele que você caminha.

E corre, e cai, e tropeça mais um milhão de vezes.

Quando vê, já foram 4 meses. Cento e oitenta dias na terra da garoa. Vivendo, correndo, se orgulhando ou lembrando da praia com aperto no peito.

E quem é que percebe a garoa? Quem é que parou pra falar da praia? Quem sentou para olhar a paisagem quando..

Quando vê, já passou muito mais que isso.
Se São Paulo fosse alguém pra conversar, ela seria do tipo de pessoa que não escuta. Que interrompe e quer falar antes, quer impor ideias. E desse jeito imperativo ela imprime um fast-foward no meio do seu calendário. Com ele vem a culpa, vem a saudade, vem o medo. E vão os dias, vai você.

“Você pediu por isso”

Pedi. Pedi alto e teve até briga. Pedi pra protagonizar a retirante que veio do Sul procurar oportunidade numa terra em que o que mais tem é gente de fora. Pedi pra ser a incrível mulher que encolheu, num lugar onde tudo é grande demais pra se assimilar. Pedi e vou conseguindo, porque perseverança não é lá coisa que se subestime.
Nem que seja fácil de manter.

Mas, ainda mais perdida, eu adoro o resultado.

Adoro saber que sumi tanto porque tanta mudança aconteceu. Adoro saber que fiz mais um aniversário quando parecia que eu já completava outros três. E adoro notar que certas convicções, antes tão firmes, hoje não passam de poeira (ou de um bom tapa na cara).

Depois de 4 meses, a minha mudança está só começando. E ser uma mulher encolhida só me faz acreditar nas possibilidades de tudo que ainda vem.

Um dia, a mola também foi assim.